sábado, setembro 15, 2007

Seminário incentiva Participação Civil

Estimular a participação da sociedade civil na elaboração de políticas públicas que visem agir contra o aquecimento global, em nível federal, estadual e municipal. Essa foi a mensagem de consenso entre os participantes das mesas de debates do Seminário Mudanças Climáticas Globais – As Conseqüências para o Litoral Paulista.

A coordenadora da conversa de abertura foi a Deputada Estadual Maria Lúcia Prandi (PT), uma das incentivadoras do evento, realizado pela Frente Parlamentar e de Apoio da Agenda 21 da Assembléia Legislativa de São Paulo.

Devido às intensas mudanças climáticas às quais o planeta terra vem atravessando, o nível dos oceanos deve subir nos próximos anos, fenômeno que já está ocorrendo. Portanto, cidades como Santos serão diretamente atingidas por essas alterações, causadas principalmente pelo excesso de emissão de dióxido de carbono na atmosfera.

O evento se dividiu em três mesas de debatedores. A primeira falou sobre a participação do poder público na redução ou mitigação dos impactos das mudanças climáticas.

Em seguida, pesquisadores e especialistas apresentaram dados científicos sobre o atual quadro da zona costeira do estado de São Paulo. Célia Gouveia de Souza, do Instituto Geológico da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, apresentou informações sobre a praia do Gonzaguinha, em São Vicente.

Essa região de costa sofre um processo de erosão intenso causado por intervenções realizadas pelo homem (antrópicas) naquele ecossistema. É o caso da construção de um pontilhão na Ilha Porchat, o que resultou na inversão das correntes marítimas. Em 100 anos, a praia deverá sumir, caso nada seja feito.

A última mesa contou com a presença de membros representantes da sociedade civil. Entre eles, Condesmar de Oliveira, militante ambiental na cidade há décadas, atualmente frente à Rede Caiçara Ecossocialista, e Luiz Piva, do Green Peace.

Foi praticamente um dia inteiro de troca de experiências entre os que estavam presentes. Na platéia, haviam cerca de 80 pessoas, em grande parte pertencentes à redes de atuação na sociedade, como o grupo Coletivo Jovem do Meio Ambiente. A iniciativa, segundo organizadores, visa impulsionar futuros debates.

*Por Pedro Martins

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