quinta-feira, junho 28, 2007

Sistema político X Sistemas sustentáveis



Diante de um momento em que o Planeta Terra se encontra em crise, com o quase total esgotamento dos recursos naturais, entre outros fatores de degradação ambiental causados pelo ser humano, pensar no sistema político que será mais adequado para esse contexto se faz necessário.

Está mais do que nítido que o Capitalismo, que defende a propriedade privada e a exploração das forças produtivas, vai de encontro às necessidades urgentes de preservação do meio ambiente. Isso sem levar em conta as desigualdades sociais existentes em um nível global.

Antônio Martins, editor do Lê Monde Diplomatique no Brasil, tocou nesse assunto em um encontro promovido pela J-Aliança no estúdio da PUC-SP, em que o Núcleo do Jovem Jornalista (NUJJOR) foi um dos convidados. Segundo ele, “estamos em um ponto de transição. A esquerda via o progresso com uma visão pouco crítica. É necessário também para os teóricos de esquerda passar por um processo de auto crítica e então reformular alguns pensamentos”.

À época em que foram formuladas – no século XVIII -, as teorias políticas de esquerda, elaboradas pelos alemães Karl Marx e Frederich Engels, não levavam em conta a relação entre desenvolvimento e meio ambiente. A principal dialética era constituída pelos vetores trabalho e capital, e era em cima dessa relação que se construíram as críticas dos pensadores.

“Estamos diante de uma mudança do conceito de utopia. Eu não acredito que podemos superar o capitalismo com um sistema igual ao de Cuba, por exemplo”, comenta Martins. Atualmente, a busca pelo regime ideal passa pela idéia de sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável, como alguns preferem adotar.

Alguns teóricos contemporâneos de esquerda estão alertas para a necessidade de adaptação do modelo de regime de Estado proposto por eles ao atual momento pelo qual o Planeta Terra vive. O sociólogo Michael Lowy, em entrevista concedida à revista Fórum (n° 48, ano 5, 2007), aponta que “o marxismo do futuro tem que ser um marxismo ecológico, um ecossocialismo. Senão vai estar fora da realidade do século XXI”.

O ponto mais crítico dessa relação entre sistema político e meio ambiente é o modo como se desenvolvem as forças de produção, ou seja, as técnicas utilizadas para extrair recursos naturais que se transformam em mercadorias, que compõe as riquezas das nações.

Neste sentido, um outro modelo teórico de política é a Ecopolítica, que existe de acordo com a variável ambiental. Segundo essa linha de pensamento, é necessário encontrar mecanismos que não esgotem a biomassa (materiais orgânicos que servem para produzir energia limpa) do planeta. Desse modo, estaria garantida a sobrevivência das futuras gerações por meio da sustentabilidade.

Nenhuma experiência política realizada até o momento foi capaz de entender a Terra como um funcionamento sistêmico. A noção de que o desenvolvimento econômico dos países será benéfico para ricos e pobres é um tanto deturpada. É um tema que precisa ser continuamente discutido, caso se queira lutar por uma mudança de paradigmas.

*Pedro Martins é estudante do 4° ano de Jornalismo da Unisantos

quarta-feira, junho 20, 2007

Pensar global, agir local, por isso uma Agenda 21 já

Em uma época na qual o aquecimento global é a maior preocupação de cientistas e ambientalistas, posto que a existência da espécie humana no planeta está em xeque, é urgente que cidadãos, entidades, empresas e todos os tipos de grupos sociais passem a tomar atitudes concretas.

Para começar a cumprir esse papel, representantes do poder executivo, do legislativo e da sociedade civil organizada do município de Santos reuniram ontem na 2º Audiência Pública sobre a Agenda 21 da cidade, que ocorreu na sala Princesa Isabel, no Paço Municipal.

O encontro foi uma realização da Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara de
Santos, composta pelo presidente Benedito Furtado (PSB), pelo vice Reinaldo Martins (PT) e por Marinaldo Mongon (PDT). O objetivo dessa comissão é dar pareceres aos projetos de lei que envolvem questões ambientais na cidade.

A primeira a tomar a fala foi a representante do executivo, Fabiana Elias. Ela começou com uma exposição resumida da problemática ambiental, na qual apontava alguns acontecimentos importantes na discussão acerca do assunto.

Nenhum jornalista ou equipe de jornalismo esteve presente no local para fazer um registro do início desse processo na Cidade. Sem dúvida, uma ausência significativa.

A Agenda 21 é o principal documento extraído da Rio-92, encontro mundial que ocorreu no Brasil com governantes de todo o mundo para discutir como atingir o desenvolvimento sustentável. Trata-se de um roteiro de ações concretas, com metas, recursos e responsabilidades definidas para promover uma mudança de paradigma na sociedade.
Segundo Fabiana, "não adianta fazer uma Agenda 21 de gabinete. É preciso construir um plano no qual o povo participa".

Maurício Zomignani, do Fórum da Cidadania, foi o segundo a falar e fez um discurso até mais contundente do que a parceira. Criticou a postura antropocêntrica dos seres humanos, que desenvolveram sistemas políticos e econômicos extremamente nocivos ao Meio Ambiente.
Zomingnani questionou: "Como enfrentar nossos grandes problemas, se as instituições que estão aí não resolvem nem os problemas atuais e muito menos se importam com o futuro?".

Próximos passos para a implantação da Agenda 21 local:

1)Criação de um Conselho com diferentes grupos representados para elaborar estratégias
2)Diagnóstico Participativo
3)Plano de Gestão Ambiental
4)Monitoramentos e avaliações do trabalho

Próximos eventos!

Dois encontros agendados darão continuidade a discussão.

Conferência das Cidades - dia 21 de julho
Local: Faculdade de Arquitetura da UniSantos
Endereço: Avenida Conselheiro Nébias, 589
Horário: a partir das 9 horas

Seminário - dia 11 de agosto (sem local definido por enquanto. )


* Pedro Martins é estudante do 4º ano de Jornalismo da UniSantos

domingo, junho 17, 2007

Banco de Idéias




Idéias
Idéias não sentem dor
Idéias não sentem frio
Pessoas morrem, mas Idéias ficam
Idéias são imortais
Idéias são a prova de bala


Estamos criando um banco de idéias... e já temos algumas muito boas para desenvolvermos no NUJJOR...

  • rádio
  • jornal
  • banco de currículos
  • cursos de capacitação
  • + Papos de Botequins
  • + encontros e debates
  • Cinema em Ação! Ciclo de exibição de filmes que tratam de jornalismo e/ou períodos de ditadura militar
  • encontro e parceria com a ONG Ecosurfi
  • participarmos do 2º Congresso de Jornalismo Ambiental em Porto Alegre, no final de novembro

Dê também a sua idéia e ela será incluída no nosso banco! Participe e vamos colocar em prática!

(Notícias do Núcleo) Rede da J-Aliança pretende promover debate durante o Intercom 2007

No dia 28 de maio de 2007 foi realizada a quarta reunião da J-Aliança de Santos, desta vez na Estação da Cidadania, que contou com a participação do Núcleo Jovem Jornalista da Baixada Santos (NUJJOR-BS), representado pelos jovens jornalistas Mariana Oliveira, José Mário Alves e Eduardo Henrique Brandão. Foram acertados mais alguns detalhes do debate programado para o dia 29/08, que deverá ser realizado paralelamente ao Intercom 2007, na Universidade Santa Cecília (Unisanta).

O evento denominado “Responsabilidade da Mídia, Responsabilidade de todos” busca a presença não só de jornalistas e estudantes de Jornalismo, mas também do público geral interessado em participar e dar sua opinião sobre o assunto.

Liderada pela jornalista Marta Molina em Santos, a J-Aliança é uma rede internacional de jornalistas – na qual o Núcleo está integrado – e tem como objetivo promover a discussão de assuntos como ética e cidadania dentro da mídia, com base na Carta das Responsabilidades Humanas (CRH).

A J-Aliança também apóia os eventos do NUJJOR.

Contamos com vocês em nossos debates!

*Mariana Oliveira
Estudante do 2º ano de Jornalismo da UniSantos

(Notícias do Núcleo) Eduardo Silva fala sobre mercado de trabalho

O 2o Papo de Botequim, realizado pelo Núcleo do Jovem Jornalista da Baixada Santista (NUJJOR), aconteceu dia 26 de maio de 2007, às 15 horas, no bar Oktobeer. Dessa vez, o convidado foi Eduardo Silva, editor-chefe da TV Tribuna.

Eduardo falou aos jovens jornalistas sobre a entrada dos recém-formados no mercado de trabalho e sobre a importância de ser diferenciado. Para ele, é essencial aproveitar o tempo da faculdade para estudar, fazer estágios e conhecer as diferentes áreas de atuação. “Não dá para você ser bom, mas ficar em casa deitado numa rede, esperando alguém te ligar. Tem que bater em porta, tem que procurar”, estimulou o editor-chefe.

Em uma conversa descontraída, o jornalista contou histórias de sua carreira, desde a época de rádio e o início da TV Tribuna até as atuais, como editor. Além disso, comentou sobre os diferentes campos jornalísticos e a função principal de cada um deles. Eduardo Silva ressaltou ainda a importância de se escrever bem. “Quem escreve bem, se dá bem em qualquer lugar. Aquele que começa a carreira em um jornal leva uma vantagem no mercado”.

Projetos do NUJJOR como de estreitar o relacionamento com a comunidade carente também estiveram em pauta. Eduardo colocou suas opiniões, deu idéias e se colocou a disposição para ajudar o Núcleo no que for possível.

“O jornalista ainda está muito encastelado, muito distante. Toda comunidade é carente de informação”, concluiu.


*Mariana Oliveira
Estudante do 2º ano de Jornalismo da UniSantos

(Notícias do Núcleo) Reunião define plano de ações para novo grupo

Mais um passo do Núcleo do Jovem Jornalista da Baixada Santista foi dado no dia 2 de maio de 2007 para fortalecer os laços com a J-Aliança de Santos, um grupo de jornalistas que está se formando para desenvolver atividades no campo social. O NUJJOR firmou parceria com a organização, que teve a sua base constituída internacionalmente três semanas antes.

No dia houve uma reunião na sede da Regional do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, na qual foi esboçado um plano de ações para o núcleo da J-Aliança de Santos, encabeçado pela jornalista espanhola Marta Molina. Estavam presentes 15 pessoas, representando diferentes entidades e instituições, desde universidades até Ong´s e empresas de comunicação.

A conversa, que durou cerca de uma hora e meia, possibilitou a criação de uma identidade coletiva para a J-Aliança. A idéia agora é fazer com que todos os participantes atuem dentro desse novo grupo que está sendo formado, numa relação de mão dupla. O objetivo é fortalecer a J-Aliança em sincronia com as entidades ali representadas.

* Pedro Martins

Estudante do 4º ano de Jornalismo da UniSantos

(Notícias do Núcleo) Núcleo firma parceria com rede internacional

O Núcleo do Jovem Jornalista da Baixada Santista selou na noite do dia 23 de abril de 2007, uma parceria com uma rede internacional de jornalistas, denominada Aliança Internacional de Jornalistas. O fato ocorreu durante uma reunião que contou com a participação de profissionais da área, professores, estudantes, entre outros.

O próximo passo do Núcleo é implementar uma agenda de atividades relacionadas com os temas responsabilidade social e cidadania. Contando com o apoio da extensão brasileira da Aliança Internacional, a J-Aliança, a célula recém-formada – e ainda em processo de composição - por jovens estudantes de jornalismo, aliada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo – Regional de Santos -, pretende se estruturar como um grupo coeso, traçando metas a serem atingidas a curto, médio e longo prazo.

A proposta da J-Aliança no Brasil é fortalecer nos estudantes de jornalismo e nos profissionais atuantes a idéia de uma mídia responsável, norteada por princípios éticos e que possa despertar uma consciência crítica nos leitores.

O site oficial da Aliança Internacional dos Jornalistas é www.alianca-jornalistas.net. Estudantes de jornalismo e recém-formados, interessados em participar do nascimento desse processo de articulação social sintam-se convidados para participar desta iniciativa.


* Pedro Martins

Estudante do 4º ano de Jornalismo da UniSantos

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